segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Diário de Bordo – Cap. John Logan Falcão dos Mares em Busca da Terra do Nunca. Capítulos 1 e 2.




Capítulo 1 – A Noite – Nada Sobre Nada

         Com o coração na boca, braços adormecidos, minhas pernas já não respondiam mais aos meus comandos. Se as ondas estiverem altas não resistirei, com toda certeza...
         O falcão dos mares já deve estar submerso, sob as águas negras do Atlântico Sul, meu rum, meu mapa, minhas armas e minha vida; todos submersos...
         Será o fim do jovem Bucaneiro Logan? Já tendo conquistado meu navio e minha patente, me encontro num ponto do caminho em que já não sei o que fazer?!
         - “Achi mey Goch!” Terra à vista...
         Acordei atordoado, pelo sol forte e pelo cansaço da noite no mar. Onde estará meu amor? Meus amigos? Minha espanhola de cabelos vermelhos, quanta falta senti de ti... Das conversas calorosas com bons camaradas.
         O dia já estava no fim, quando dei por mim, não tinha colhido nem um côco... Nem fogo... Nem nada. Apenas a terra firme. Graças a Deus!
         A ilha não me era diferente de algumas que havia conhecido no norte do Atlântico. Haveria água e frutos. Bom seria... Se ruim não fosse. Raios e rajadas de vento fizeram de minha noite o próprio inferno. O inferno na terra, sem demônio nem fogo, mas com muito frio e fome. Solidão devastadora...

John Logan







Capítulo 2 – A Conquista


         Entre a calmaria de sua ilha e as tormentas do mar, o pequeno John, o menino britânico, sempre preferiu a inconstância da maré, ao invés de jogar suas bolinhas de gude. Preferia observar o movimento dos estivadores e dos navios partindo mar adentro.
         Com seu espírito aventureiro, não se contentava em observar navios partindo, queria estar com eles, mas lhe era proibido se aproximar do porto, o que não causava nenhum constrangimento.
         Sempre conversando com marujos e marinheiros, vislumbrando as aventuras e descobertas por eles cometidas. Assim passaram os anos, se foi a infância e nasceu um marinheiro da poderosa e imbatível marinha inglesa. Um sonho que se tornara pesadelo, pois só lhe cabiam as aventuras e conquistas, esquecendo-se de que a cada um cabia a aventura de lavar o convés e enfrentar a boa vontade do comandante.
         Sua personalidade marcante o tornava alvo, de boas e más situações.
         Sempre era o rebelde de revoluções e motins, sendo considerado um marinheiro com distorções bucaneiras.
         John Teodoro Logan, um homem marinho, sem dono, sem patrões, sem destino. Nascido para ser selvagem.


John Logan

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